Shakespeare assassinou o amor!

É muito fácil criar metáforas para falar de amor. Mar, rosas, lua ou o que seja. Como também é simples criar uma grande história de amor, o que se precisa é de duas famílias rivais ou um milionário na história se apaixonar por uma coitadinha. Mas aí é que vem o fato. As histórias tendem a ter o fim logo após o fim. Depois de a mocinha perdoar o milionário, por ele ter escondido dela o fato de ser rico, depois de o jovem casal ter fugido da eterna discórdia de suas famílias. Mas e o amor real? Quando chega o amanhecer sem jogo de luz, maquiagem, nem texto escrito pelo "Amodova"? (estas coisas que deixam lindo o amanhecer de tom laranja de todo casal "hollyudiano") Quem arrisca poder sentir o amor real? Nos encontros casuais, às vezes nas mesmas histórias que já contamos, mas adoramos rir juntos dela, da forma que aos poucos percebemos que aquela expressão de milésimo de segundos, quer dizer que o mundo desabou que aquele olhar vai vir seguido de um sorriso, que sabemos o que o outro está pedindo, antes mesmo dele saber que vai pedir. O amor sem velocidade, sem gritos, nem contexto poético. O amor de sentarem juntos e ver a TV, o filme escolhido pelos dois, o prazer além de penetrações sexuais, o prazer de se olhar de se cheirar de sentar e tomar um café e discutir horas sobre o gosto daquela torrada? Este é o amor, que Shakespeare assassinou, as pessoas agora precisam quebrar a rotina, de aperta a pasta de dente em um lugar pensado para não chatear o outro (segundo o analista que vi na TV), mas e a boa conversa sobre o dia de trabalho? Falar mal daquela conhecida que se veste de forma esquisita? As pequenas palavras ditas olho no olho? Fazer o outro sorrir apenas para suspirar e perceber que é feliz no sorriso de alguém? Tudo isso ficou para trás, os relacionamentos pairam entre contratos sociais de fabricação de filhos e impulsos sexuais que pedem divorcio assim que o tesão acaba. Onde ficam os cartõezinhos do garfield? Entre uma noite tortuosa, um rascunho de amor feito a mão, entre gritos de puro sexo, e palavras de puro tesão, a mesma sinceridade para dizer que se ama. O que parece é que acabou a conquista entre as pessoas, o cortejo, a surpresa. O corpo agora parece ser o fiador dos relacionamentos, mulheres se transformam nas siliconadas e turbinadas, enquanto seus companheiros sonham frustrados diante da TV, acabaram os bilhetinhos! Mas se você nunca foi muito bem com as palavras, lembre-se de que uma atitude vale mais que mil palavras, faça um suco de laranja, para quem se ama, Assim é que é real.Arrume tempo de saber quem você escolheu sem escolher para ser seu e se entregar. Acredite nos pequenos detalhes, não troque seu relacionamento pelo da novela das oito. Sua vizinha cria mil e uma histórias? Talvez ela seja tão infeliz quanto o extremo oposto de seus relatos. Você não goste de alguma das manias de seu companheiro, pensa nos seus dias de TPM. Mas, o mais importante é acreditar que o amor existe. Acredite! Nada mais real que o amor. Aquele que o Shakespeare não matou.As histórias tendem a ter o fim logo após o fim. Depois de a mocinha perdoar o milionário, por ele ter escondido dela o fato de ser rico, depois de o jovem casal ter fugido da eterna discórdia de suas famílias. Mas e o amor real? Quando chega o amanhecer sem jogo de luz, maquiagem, nem texto escrito pelo "Amodova"? (estas coisas que deixam lindo o amanhecer de tom laranja de todo casal "hollyudiano") Quem arrisca poder sentir o amor real? "


Texto postado por : Yasmin e Bah =)


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